10 de janeiro de 1907
A Torre de Belém foi classificada como Monumento Nacional por decreto do dia 10 de janeiro de 1907.
Foi criada pensando no plano defensivo da barra do rio Tejo projetado no tempo de D. João II. Contudo, só viria a ser iniciada a sua construção em 1514, sob as ordens do arquiteto Francisco de Arruda.
Foi concluída em 1520 e, com a evolução dos meios de ataque e defesa, foi perdendo gradualmente a sua função original.
As suas diversas utilizações incluíram os registos aduaneiros, posto de sinalização telegráfico e farol. Nos reinados de Filipe II de Espanha (Filipe I de Portugal) e de D. João IV os seus paióis serviram de masmorras para presos políticos.
É uma torre quadrangular, de estilo manuelino, com cinco pavimentos:
- Primeiro andar – Sala do Governador.
- Segundo andar – Sala dos Reis, com teto elíptico e fogão ornamentado com meias-esferas.
- Terceiro andar – Sala de Audiências
- Quarto andar – Capela
- Quinto andar – Terraço da torre
É Património Mundial da UNESCO desde 1983.
Personalidade nascida neste dia
O jurisconsulto e professor de Direito da Universidade de Coimbra, Domingos Fezas Vital, nasceu em Caminha no dia 10 de janeiro de 1888.
Foi reitor desta universidade entre 1927 e 1930 e a partir de 1935 professor da Universidade de Lisboa.
Era um forte apoiante da Causa Monárquica, tendo sido seu dirigente e lugar-tenente de D. Duarte Nuno de Bragança.
Além da sua carreira universitária foi membro do Conselho de Administração dos Caminhos de Ferro Portugueses, juiz do Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia e vogal da Comissão Permanente do Direito Marítimo Internacional.
Foi agraciado com as Grãs-Cruzes da Ordem da Instrução Pública em 22 de setembro de 1930 e da Ordem Militar de Cristo em 28 de maio de 1937. Foi ainda condecorado com os oficialatos da Ordem Nacional da Legião de Honra e da Cruz Vermelha Alemã.
Morreu na sua casa em Lisboa no dia 22 de janeiro de 1953.