26 de novembro de 1989
Neste dia Agustina Bessa-Luis e Isabel Magalhães são admitidas como sócias efetivas da Academia das Ciências de Lisboa.
Deste modo, tornam-se nas primeiras mulheres a serem admitidas nesta instituição fundada a 24 de dezembro de 1779 como Academia Real das Ciências.
A sua fundação acontece em pleno movimento cultural e intelectual designado de Iluminismo no reinado de D. Maria I de Portugal e D. Pedro III.
Atualmente, a função desta instituição é, além de ser o órgão consultivo do governo em matéria linguística, incentivar a investigação científica, estimular o estudo da língua e literatura portuguesas e o estudo da história portuguesa e das relações com outros países.
Personalidade nascida neste dia
No dia 26 de novembro de 1748 nasceu Margarida Delfina Teles da Silva na cidade de Lisboa.
Era filha do 6.º conde de Vilar Maior e da 6.ª condessa de Tarouca. Casou no dia 12 de novembro de 1775 com o 1.º marquês de Borba, com o qual teve quatro filhos, entre os quais o 2.º marquês de Borba e o 1.º conde do Barreiro.
Tinha nove anos quando se deu o grande terramoto de 1755 e nesse dia, quando o palácio dos seus pais foi evacuado, Margarida ficou para trás tendo sido encontrada mais tarde por um criado com os bentinhos de Nossa Senhora na mão no meio dos escombros.
Foi uma mulher muito caridosa, religiosa e extremamente culta, fluente na escrita do latim e no inglês, alemão e italiano falados e escritos. Também sabia um pouco de grego.
Correspondeu-se com as figuras mais ilustres da Igreja da sua época, escrevendo inclusivamente uma carta ao Papa Pio VII que era um testemunho eloquente do seu amor à Igreja.
Todos os seus escritos eram para ser publicados, mas Margarida Delfina Teles da Silva, que odiava a exaltação e os louvores à sua pessoa, destruiu-os.
Morreu a rezar e a praticar a caridade, como sempre tinha vivido, ficando conhecida pelos seus descendentes como a Avó Santa.
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