O custo das instituições
O senso comum parece dizer-nos que as monarquias poderiam originar maior despesa do estado do que as repúblicas, mas os dados demonstram precisamente o contrário.
O Dr. Mário Saraiva faz referência no seu livro Razões Reais a diversos exemplos que evidenciam como a república fica mais cara que as monarquias modernas.
Recorda, por exemplo, um artigo da revista Time de 1966 que dá nota como as repúblicas são muito caras e os presidentes da república nem sequer estão aptos a governar exemplificando com De Gaulle e Sukarno.
São referidos mais dois exemplos muito interessantes:
- Quando D. Manuel II visitou Paris, o republicano e chefe de governo francês, Briand, diz ao nosso monarca que Portugal é um país demasiado pobre para sustentar uma república, o que não deixam de ser palavras interessantes para um republicano convicto.
- A monarquia na Noruega foi escolhida por uma maioria parlamentar de 100 votos contra 4, tendo o líder da independência norueguesa, Nansen, dito que escolheu a monarquia porque é mais barata, garante melhor a liberdade e tem mais autoridade para defender os interesses nacionais no estrangeiro.
Conclui o Dr. Mário Saraiva escrevendo:
“…mas que a Realeza custasse tanto ou mais que a Presidência, se nos poupava aos prejuízos monetários e morais das repetidas campanhas eleitorais, sairia, feitas bem essas contas e todas as outras, uma forma de governo mais económica e também mais vantajosa à Nação.”
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