17 de agosto de 1808
Neste dia travou-se o combate da Roliça entre as forças anglo-lusas e as forças francesas.
Este combate deu-se durante a primeira invasão francesa de Portugal e foi acima de tudo uma confirmação para os britânicos que era possível vencer os franceses apesar da hegemonia que Napoleão e as suas forças espalhava pela Europa.
Personalidade nascida neste dia
No dia 17 de agosto de 1906 nasceu em Lisboa o último presidente do Conselho do Estado Novo, Marcello José das Neves Alves Caetano.
Além de político foi um ilustre jurisconsulto e professor de direito, tendo conseguido a cátedra de Ciências Jurídico-Políticas da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1939.
Academicamente é considerado o fundador em Portugal do Direito Administrativo moderno.
Foi um apoiante dos ideais monárquicos católicos ligados ao Integralismo Lusitano, tendo rompido com esta via em 1929 e deu o seu apoio à ditadura militar e por conseguinte ao regime totalitário de António de Oliveira Salazar.
A impossibilidade de Salazar manter a condução do país determinou que o presidente da república Américo Thomaz o tenha designado em 27 de setembro de 1968 como presidente do Conselho de Ministros de Portugal, função que exerceu até 25 de abril de 1974.
A revolução dos cravos determinou o seu exílio no Brasil, tendo morrido na cidade maravilhosa no dia 26 de outubro de 1980.
A sua previsão para o futuro de Portugal ficou registada nestas palavras proferidas depois da revolução de abril:
Sem o Ultramar estamos reduzidos à indigência, ou seja, à caridade das nações ricas, pelo que é ridículo continuar a falar de independência nacional. Para uma nação que estava em vésperas de se transformar numa pequena Suíça, a revolução foi o princípio do fim. Restam-nos o Sol, o Turismo, a pobreza crónica, a emigração em massa e as divisas da emigração, mas só enquanto durarem.
As matérias-primas vamos agora adquiri-las às potências que delas se apossaram, ao preço que os lautos vendedores houverem por bem fixar. Tal é o preço por que os Portugueses terão de pagar as suas ilusões de liberdade.