Razões reais – parte XII

Qual o programa monárquico?

O Dr. Mário Saraiva postula que há um grande equívoco que é preciso desfazer relativamente à existência de um programa monárquico.

Com efeito, recorda-nos que a monarquia confia a chefia de Estado a uma única figura, o Rei, sendo esse o seu princípio indiscutível.

Ora, o que à partida parece uma fragilidade do regime monárquico, é na verdade uma das suas forças já que atribui à nação a competência para fazer as suas escolhas em termos de regimes ou políticas governativas.

Não esqueçamos que apenas nas ditaduras os regimes se confundem com o chefe de estado, o que não é de todo o caso das monarquias constitucionais. Aliás, é um facto que nas monarquias europeias se têm efetuado as experiências mais inovadoras e disruptivas em termos sociais e económicos, geralmente com muito bons resultados.

Em resumo, não há um programa monárquico, ou seja, “O Rei ouve a Nação e, como seu fiel mais intérprete e primeiro servidor, guarda e defende a legitimidade constitucional.”

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