A legitimidade do poder
Devemos considerar a legalidade como um critério para legitimar o poder? Uma resposta instintiva faz-nos pensar que sim, mas a verdade é que no modelo republicano o poder pode ser conquistado de forma legal, não sendo isso garantia que a chefia de Estado é exercida dentro de um modelo democrático. São muitos os exemplos que comprovam esta fragilidade da república.
Por outro lado, mesmo que o poder seja usurpado, pode depois o usurpador legalizar a sua atuação, como foi o caso da revolução de 5 de outubro de 1910.
A legitimidade da chefia de Estado no modelo monárquico é contínua, permanente e independente de separatismos políticos, contrariamente ao que acontece no sufrágio republicano, que é muitas vezes colocado em causa pelos perdedores.
A chefia de Estado monárquica não tem perdedores e vencedores, ela é una e unificadora do povo, é a Pátria em forma humana.
Com efeito, “Não se discute agora a dignidade ou o patriotismo de quem manda, nem a competência ou a obra do Governo. Não é isso que está em causa. Reclama-se apenas o regresso do Poder Legítimo afastado pela Revolução.”
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