14 de novembro de 1755
Neste dia é publicado o alvará que manda reconstruir a Ribeira das Naus depois da sua destruição quase completa após o terramoto de 1755.
Refira-se que a Ribeira das Naus era o centro privilegiado de construção naval desde o reinado de D. Afonso V, em meados do século XV.
A sua reconstrução foi da responsabilidade de Eugénio dos Santos e teve início efetivo em 1759, dando origem a um complexo denominado Arsenal da Ribeira das Naus.
A título de exemplo transcreve-se o que escrevia Paulo Sande no século XVI sobre este local:
“Ocupa a Ribeira das Naus um espaço vastíssimo (…). Constrói-se ali (…) essas grandes naus e galeões que abriram a navegação da Índia (…). Diz-se que a construção de cada uma dessas naus custa vinte mil cruzados. (…) É admirável aqui, na verdade, a abundância de tudo o que é necessário para abastecer a armada, pois não falta grande quantidade de mastros, vergas e calabares muito ensebados e compridos; toda a sorte de pez e alcatrão; nem a arte de amolecer o ferro e o aço(…).”
Personalidade nascida neste dia
No dia 14 de novembro de 1839 nasceu no Porto aquele que viria a ser um dos melhores escritores portugueses, Joaquim Guilherme Gomes Coelho, mais conhecido pelo pseudónimo de Júlio Dinis.
Além de escritor, foi médico e professor. Teve uma vida muito curta, fruto da sua saúde muito débil por força da tuberculose que sofria e que tinha também vitimado a sua mãe e foi a causa de morte dos seus oito irmãos.
Contudo, ainda publicou algumas obras, designadamente “Uma Família Inglesa”, “As Pupilas do Senhor Reitor”, “A Morgadinha dos Canaviais” e “Os Fidalgos da Casa Mourisca”.
Ficou conhecido pelo «suave e terno romancista português, cronista de afetos puros, paixões simples, prosa limpa», considerado um escritor de transição entre o romantismo e o realismo.
Morreu no dia 12 de setembro de 1871 antes de completar 32 anos.
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