Churchill é um grande filme com uma fotografia fantástica e com uma interpretação magistral de Brian Cox.
Pessoalmente considero Winston Churchill a personalidade mais carismática do século XX e este filme faz jus à grandeza do homem que foi um dos grandes responsáveis pela derrota de Adolf Hitler na II Grande Guerra. O filme tem a grande virtude de mostrar as fraquezas desta personalidade, mas humanizando-a sem enfraquecê-la.
Evidencia com grande clareza a inteligência, a tenacidade, a sagacidade, a perspicácia, mas também a sua teimosia, a sua irracionalidade e, não menos importante, a sua humildade quando se deixa influenciar pela opinião de outros.
É particularmente importante e inspirador o diálogo com o rei, que o convence a não participar no desembarque do Dia D ao demonstrar-lhe que muitas vezes a decisão mais corajosa é ficar para trás e, deste modo, dar seguimento a uma missão que mais ninguém poderia fazer melhor do que ele.
Outro momento marcante do filme é o discurso à nação após o desembarque na Normandia, no qual toda a sua força, garra e determinação são elementos presentes em cada uma das palavras e na entoação que lhes dá. É um discurso unificador e demonstrador de um enorme gratidão pela coragem de todos aqueles que sacrificaram o seu bem maior, a vida, por uma Europa livre.
É impossível não fazer uma referência à fotografia do filme, que está repleto de imagens de grande beleza que mostram dois aspetos fundamentais. Um deles é a grandeza do homem Winston Churchill, mas mais importante é a sensação que deixa em quem vê o filme da dimensão insignificante que o Homem tem face à grandeza do planeta e das obras que foi construindo.
Este filme mostra, no meu entendimento, o pôr-do-sol da vida daquele que é por muitos considerado o maior britânico da história. Este pôr-do-sol, tal como o que acontece na Natureza, é um momento de rara beleza e que em nada belisca a vida vivida por Churchill sempre caraterizada por uma grande coragem e determinação.
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