Há cerca de dois anos e meio escrevi um post neste blogue sobre a importância das referências para mim, entendendo-se como referências aquelas pessoas, personalidades ou individualidades que de alguma maneira influenciam ou influenciaram o meu percurso de vida.
No mesmo âmbito publiquei a A voz dos sábios e A voz dos sábios – parte 2, realçando a importância de voltarmos a ouvir aqueles que pelo seu percurso e experiência de vida se tornaram em sábios.
Ainda a este respeito, escrevi sobre o eventual papel que os ex-presidentes da república poderiam ter na prossecução de um País melhor.
Hoje, por ocasião da comemoração dos 60 anos de Diego Armando Maradona, ouvi na televisão dissertarem sobre o facto de termos perdido referências no desporto como foram este jogador argentino ou o norte-irlandês Georges Best, apesar dos seus comportamentos sociais.
Acresce a tudo isto o facto de estarmos a viver uma situação de pandemia, na qual se nota que o recurso aos sábios, aos especialistas é escasso e geralmente em situações de “grande aperto” como foi, por exemplo, o caso da recente reunião do governo com o Conselho Nacional de Saúde Pública.
Ora, não é meu intuito criticar ou aplaudir a estratégia de combate à pandemia, mas antes voltar a sensibilizar todos para a importância de valorizarmos as nossas referências, para a importância de introduzirmos nas nossas rotinas as consultas aos sábios e que estes procedimentos não sejam guardados apenas para as situações de emergência.
Gostaria também de salientar que estes procedimentos não são apenas para as decisões estratégicas de um País ou de um setor, mas também em nossas casas, nas nossas famílias, nas quais os pais e avós devem ser vistos pelos filhos e pelos netos como as referências e os sábios do seu pequeno mundo.
Em resumo, saibamos distinguir inteligência de sapiência.
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