Competência directiva
O exercício da chefia de estado exige um conjunto de competências para o qual não existe nenhuma preparação que qualquer cidadão possa frequentar.
De facto, num processo eleitoral republicano não é assegurado que os candidatos que alguém escolheu por nós possuem as habilitações necessárias para o exercício do mais alto cargo da nação.
Ao invés, num processo de sucessão monárquica, além da inexistência dos conflitos de poder, o futuro monarca é preparado, de forma empírica e teórica, para quando chegado o momento, estar à altura da missão que lhe estava destinada.
Diz o Dr. Mário Saraiva sobre este assunto o seguinte:
“A Chefia do Estado requer o que Lyautey chamava <<especialização em conhecimentos gerais>>, um apurado senso prático, uma maleabilidade subtil, um agudo sentido de equilíbrio, e, sobretudo, o domínio e alguma abstracção do eu para poder interpretar a consciência pública e encarnar o sentimento colectivo.”
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