Independência – condição de justiça
Este é um dos capítulos mais desenvolvidos e que consagra a independência como critério fundamental para exercer a justiça social de forma eficaz.
O autor refere de forma muito clara que o sistema republicano também procura uma sociedade mais justa, mas o facto de estar associado a partidos condiciona a sua concretização na plenitude.
Um monarca é verdadeiramente independente porque ascende à chefia do estado por hereditariedade, não ficando obrigado a pagar “favores” a ninguém, ao invés de quem é eleito.
Leia-se a frase deste capítulo que encerra esta ideia da necessidade de independência como critério fundamental para uma melhor justiça social:
“O Rei é o deputado inato de todos os que votaram mas não conseguiram eleger, e de todos os que não votaram.”
P.S. – Tendo em conta que o livro Razões reais foi publicado pela primeira vez em 1970 não se pode deixar de dar nota que quase 50 anos depois o panorama europeu revela que os países com maior justiça social são aqueles que têm uma monarquia, o que suporta a tese do Dr. Mário Saraiva.
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