Acabei de ler quase de um fôlego os livros “Luanda como ela era 1960-1975” e “S.O.S. Angola – os dias da ponte aérea” da Rita Garcia.São 15 anos alucinantes com muitas coisas boas e muitas coisas más, nos quais fica evidente que a diferença está sempre nas pessoas e na capacidade de fazer o que é correto. Os relatos destes dois livros mostram de forma muito clara que “o certo e o errado” são sempre dependentes do referencial que temos definido no nosso sistema cartesiano.
Contudo, é importante que estas memórias não se percam porque fazem parte da história de povos afastados por milhares de quilómetros, mas que terão sempre a uni-los uma identidade suportada pelo maior património de um povo: a língua.
Sejamos capazes de ceder à tentação fácil dos ódios individuais e dos interesses económicos para não perder o que levou séculos a cimentar apesar dos erros cometidos por ambas as partes.
Sejamos capazes de unir novamente o que a história e os homens separaram, mas que essa união seja “atada” com laços culturais e de cooperação entre iguais.